Resenha de "Para Sempre Alice", de Lisa Genova.

22:57:00

Certa vez estava eu, perambulando por esse mundo cibernético, em um desses sites que falam de literatura. Encontrei por lá uma postagem que falava sobre as estreias de filmes esse ano. Em meio a muitos trailer e resenhas, me deparei com um que realmente me chamou atenção, era o "Para Sempre Alice", de Lisa Genova,



De alguma maneira, isso me interessou muito. Tem um conhecido meu que tem um caso de Mal de Alzheimer na família. Procurei, então, informações sobre o livro. Como sou livromaníaca (?) -não encontrei nenhum adjetivo para pessoas viciadas em comprar livros, então escrevi esse aí- comprei e me apaixonei! O terminei em dois dias.

Vamos à resenha.

Ele conta a história de Alice Howland, professora com uma carreira brilhante em Harvard. Sempre foi referência em psicologia e linguística. Era daquelas pessoas com uma memória incrível.

Aos 50 anos foi diagnosticada com Mal de Alzheimer de instalação precoce. No início os sintomas foram simples, como esquecer alguma palavra, o que sempre acontece comigo, mas um dia ela se perdeu no caminho de volta para casa depois de fazer sua corrida matinal.

Com o passar do tempo, a doença foi avançando e pude perceber ela ter sérios problemas como se perder dentro de casa, não lembrar da sua filha e esquecer de ir viajar. Parou de lecionar. Isso a afetou tanto. É incrivelmente tão triste quando uma pessoa perde a capacidade de fazer o que mais ama por conta de uma doença. perde a capacidade de cognição, reconhecimento.

Alice sofreu muito! E o apoio que deveria receber tinha que ser imenso. O marido, contudo, não entendia muito essa necessidade dela. Eu senti no John, o marido dela, um certo afastamento cada vez maior conforme a doença ia avançando. Ele tinha medo talvez. Pude perceber que John não queria assumir aquela responsabilidade que lhe foi atribuída. Mesmo assim, assumiu.

O marido a amava, era óbvio, mas não com a mesma intensidade com que Alice o amava. Ele não era capaz de perceber que aquela mudança para Nova Iorque não era uma boa opção para o casal, eles deveriam passar o próximo ano juntos, vivendo todos os dias com intensidade. Senti raiva dele. (Para quem ainda não leu, John recebeu uma proposta de emprego para morar em NY, apesar de Alice não querer se mudar, ele estava irredutível. Além de fazer uma mudança que significaria um perigo para Alice, já que ela teria que se acostumar à nova cidade, o que não seria fácil para uma portadora do Mal de Alzheimer, ele não tiraria férias, como prometido, para passarem o próximo ano juntos aproveitando os últimos momentos de lucidez da esposa)

O final foi decepcionante, de início para mim. Porém, logo pensei que a vida de quem tem a doença é assim. Instável, confusa. A autora do livro foi incrível nisso. Ela descreveu cada crise com uma sutileza muito inteligente. Pude sentir como é o desespero de quem experimenta os sintomas no primeiro estágio.

Esse livro é incrível! Mexeu muito comigo e o recomento para todos!



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