Voltei! Vamos dar uma volta em Paris

14:11:00


Oi gente, tudo  bom com todos vocês?

Hoje é um dia muito especial para o Fashionismo Poético, porque é dia de reestreia. VIVA!
Vida nova, blog novo. Vou explicar.

Fiquei um tempo com o FP desativado para dar essa renovada. Foi uma renovada não só no layout, mas também no conteúdo, posts, parcerias etc. O blog deu uma respirada e voltou com um ar mais leve e chique, pra você que já curtia amar ainda mais e para você que está chegando agora dar de cara com algo lindo e ficar com vontade de voltar.

E para a grande reestreia, um look divino by Manu Boutique

Gente, a Manu está com um Bazar Fashion lindo de morrer! Corre lá, que tem muita coisa linda com um preço incrível!

Vamos ao look:

Essa calça flare com babado, além de MA-RA-VI-LHO-SA é super chique e muito confortável! Ela tem uma textura linda que disfarça toda e qualquer imperfeição (ADORO). Olha o efeito que esses babados proporcionam ao look. Escolhi essa T-shirt com estampa Chanel para dar uma brincada e deixar o look mais moderno. Para completar um lenço lindo xadrez e o chapéu estilo parisiense que deu um charme a mais, né.















Fotos: Rafael Tenorio Lobato




Esse look me lembrou muito desse texto de Vinicius de Moraes.
Para um look com a cara de Paris, um poema de "Oração a Nossa Senhora de Paris":

ORAÇÃO A NOSSA SENHORA DE PARIS
(Rio de Janeiro, Poesia completa e prosa: volume único, 2015)

Notre Dame de Paris, Notre Dame de Partout, rogai por mim, rogai por nós, os malferidos de amor, os feridos do doce langor, os que uivam à lua nas praias desertas do mundo, os que buscam um vagabundo num bar para falar da bem-amada, para não dizer nada só que ela é bonita, os que saem andando em campos de estrelas e de repente é uma rua deserta com um apartamento aceso que fica olhando o deambulante, o amante perdido, sem rumo e sem prumo, barco sozinho no meio do oceano lunar, é só olhar, lá está ela, a bem-amada dormindo no céu com os braços para cima, linda axila, macio feno, suave veneno de paixão, ó não, Nossa Senhora de Paris, Nossa Senhorazinha de Paris, rogai por mim porque a coisa está ruim, ela está longe eu sigo nessa névoa de luminosos astros e choro ao ver um rio que corre, uma estrela que morre, um mendigo que dorme, um cão que faz amor com uma cadela de olhos úmidos, túmidos seios, negro vórtex, meu amor, Notre Dame de Paris, Notre Dame de Partout, aqui estou eu, lembrai-vos, diante de vossa portada maior, o santo de cabeça cortada me espiando sofrer a angústia da espera vem não vem o homem me oferece cartões-postais de mulher nua pensa que eu sou americano eu sou é brasileiro do Rio de janeiro onde mora a minha amada numa colmeia a beira-parque fazendo há dois mil anos mel de amor com que adoçar todas as minhas mágoas, ó águas do Sena revoltas, minha amada está serena porque nós viemos de muito, muito, muito longe para nos encontrar, atravessamos os lagos da infância, cruzamos os desertos da adolescência, galgamos as montanhas da mocidade e aqui nesta cidade nos encontramos uma só vez, o mês era março, e nos reencontramos em abril novecentos e sessenta luas depois na rue Pierre Charon e ela entrou pelos meus olhos, banhou-se no meu cristalino, acendeu-me a íris e postou-se como santa Luzia no nicho de minhas pupilas oferecendo-me os próprios olhos numa salva de prata e pôs-se a comer devagarinho minha cabeça enquanto eu não sabia o que lhe dissesse só pedia vem comigo vem comigo mas ela não podia porque não era o dia mas lá vem ela de táxi entrou na Île de Ia Cité, rodeou a praça, que graça é ela, vai saltar, não eu que vou com ela, adeus Notre Dame de Paris, Notre Dame de l'Amour, iluminai vossos vitrais, levantai âncora ó galera gótica dos meus martírios vossos santos aos remos o Corcunda no mais alto mastro Jesus na torre de comando e buscai serenamente o grande caudal no qual me abandono náufrago coberto de flores em demanda do abismo claro e indevassável da morte, Saravá!

E aí, o que acharam?

Muitos Beijos da Kat. 


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